O desejo de ser comum
Ninguém diz exatamente o
que pensa...
Tudo é um meio de máscaras
dançantes
Para manter um “respeito”
e a mentira que faz bem a todos
Somos autômatos engatados
ao trivial
Fugir disto amedronta muito
Porque tais almas, não tem
sede
O espirito não tem fome...
E dizem estas merdas, com
o sorriso cariado:
-plantando vamos colher...
-Deus ajuda a quem cedo
madruga
-Deus é brasileiro...
-As melhores essências, estão
nos menores frascos...
-Um homem prudente vale
mais que dois valentes
E mais um monte de merda pronta...
-
Eu fico olhando...
Percebo que isso é um
esforço
Do breve querendo ser
eterno...
O espinho sonhando com a
rosa...
Formiga querendo suas asas
A chave adormecida debaixo
do tapete
Agradeço por não crer em
nada disso...
Por estar desaprendendo o
que minha mãe ensinou...
Pela contramão da serpente no asfalto
Pelo rugido franco na alma, que dança despida de fantasias
A fera espreitando na mata
Sem ânsia, sem medo ou rancor
Verdade de uma essência que tenta brilhar
Ainda que isso signifique
a morte, o nada...
São os dentes afiados
E o veneno
no copo de cristal
Afinal...
É assim que você prefere,
não é?
Luís Fabiano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário