Estilete
Ele estava esquecido sobre
a mesa
E estávamos em
dificuldades naquele instante...
Diferenças que não se
calam
Uma burrice nos tornava
amantes da derrota
Agora...
Era de quem pegasse aquela
merda primeiro...
Pensei se realmente iria
corta-la?
Ela me cortaria?
Não sei
Existem respostas que você
simplesmente não tem como saber...
Também não sei por que brigávamos
Tudo era motivo e nada era
motivo
Bêbados brincando de
morrer e matar
Isso foi quando a taça
acertou a minha cabeça
Não me sentia mais um ser
humano
Era o rugido na floresta
negra
O gemido no quarto escuro
O espinho cravando na pele
em uma noite qualquer
Mas você fica bem pior se
consegue se manter frio
Sem paixão, sem dor, sem
lagrimas
Apenas a certeza de uma
lamina afiada...
Ela finalmente conseguiu
pegar o estilete...
E veio pra cima...
Não corri... atirei uma
cadeira...
O estilete caiu...
E já estávamos cansados
daquilo...
Fui até o estilete... E
agora?
A vida é um passo
O piscar dos olhos da
serpente...
A lambida da mãe em sua
cria...
A semente virando nada...
Só faço o que quero...
E não sentia vontade de
feria-la...
Ela não havia se esforçado
o suficiente...
O limite é um rasgo bifurcando
a alma
Então a janela estava
aberta...
E um estilete ganhou
asas...
Luís Fabiano
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