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terça-feira, março 12, 2013





Vidas de Enfeite

Como saudades esquecidas em um canto
O bisqui de pretensões
Ente sonhos que não saem do imaginário
Conheço tantos assim
Fazem do existir um enfeite
Inutilidades ecoando com vozes da monotonia

Estas pessoas sorriem, como a propaganda
Abraçam como uma novela
Beijam como um filme
Trepam com um medo latente
E jamais puxam o gatilho...
Uma roupa jamais usada no armário
As melhores emoções adormecidas para um dia...

Resguardam a xoxota, limpa, depilada e jamais tocada...
Como um templo de agonias inquietantes
Tudo enfeite
Apertam a tua mão, com uma mão flácida
O sorvete de merda se derretendo ao sol

Eu aguardo sempre, dentro da previsibilidade humana
Que digam algo diferente...
Que digam algo... De verdade...
Mas creio ser muito difícil ter uma opinião verdadeira
Enquanto se rema contra a correnteza, durante uma tempestade eterna
Olhei para geladeira, e o maldito pinguim sorria
Sobre a instante, um apito abandonado
E o porta retratos congelando o tempo em uma mentira
E a calcinha suja esquecida no fundo da gaveta...

Estranho pensar isso
Mas aquilo que tanto se tenta demonstrar, parece tão falso
Como o sorriso de Monalisa
OK...
Talvez a verdade seja mesmo crua demais
O talo espinhoso de uma rosa... espetando...
Mas tudo depende para onde se olha...

Luís Fabiano.


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