Navalhadas Curtas: Opiniões são como o Cu
Uma coisa constatada, os leitores do blog não deixam
marcas ou pegadas aqui, não dizem absolutamente nada, nada de comentários.
Sinceramente prefiro assim. Que fiquem remoendo a merda sozinho na intimidade
de suas almas.
Mas vez por outra, alguém que lê e me conhece, tece algum
comentário a respeito, ao vivo de corpo presente:
-Fabiano, eu realmente não entendo porque tu escreves
desse jeito... Escritos cheios de putaria, palavrões, pelos, cheiros e gostos horríveis
– disse Ronaldo, um cara que eu considero amigo eventual e meio confiável (agora
ele sabe disso).
-Olha brother, escrevo assim porque é assim que sinto
assim... Penso assim, vivo assim... E na minha tentativa, tento dizer o que é a
vida é...
-A vida é isso?? Se for isso cara, é pra ti... Minha vida
não é assim de jeito nenhum... Não, minha vida não é aquela merda...
Meu olhar o fixou... E por trinta e nove segundos, fiquei
olhando-o sem dizer nada... E pensei comigo: pensa melhor filho da puta... Pensa
no que estas dizendo... Então eu falei:
-Quem ontem contava vantagem, porque a gostosa do serviço
te deu mole? Chamou-a de vagabunda, putinha, safadinha? Quem estes dias deu um
tapa na bunda de uma travesti na rua? Quem se gaba de ser o estraçalhador de
cu? Hein? Me diz Ronaldo... Me diz que isso nada tem haver com textos
marginais?
-Não é bem assim... Eu sou um homem de caráter e de família...
(comecei a rir...)
-Claro que não Ronaldo, nunca é bem assim... Dificilmente
divulgamos o tamanho do “cagalhão” que carinhosamente depositamos no vaso, como
um ovo podre sem vida e perfumado... Isso nada tem haver com caráter ou ser de família,
Ronaldo... Alias, falando em família, quem disse estes dias que preferia ver a
filha morta, que lésbica?
Eu estava calmo... A maioria das pessoas não vale a pena
a exaltação insana... Fico tranquilo, já me disseram coisas bem piores que isso.
Ronaldo pareceu não ter gostado das minhas palavras... Mas
se manteve ali... Com aquele sorriso desconfortavelmente
amarelado. Não é preciso vasculhar muito a vida de um ser humano pra achar
merda.
Luís Fabiano
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