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sexta-feira, janeiro 11, 2013




Navalhadas Curtas: Opiniões são como o Cu

Uma coisa constatada, os leitores do blog não deixam marcas ou pegadas aqui, não dizem absolutamente nada, nada de comentários. Sinceramente prefiro assim. Que fiquem remoendo a merda sozinho na intimidade de suas almas.

Mas vez por outra, alguém que lê e me conhece, tece algum comentário a respeito, ao vivo de corpo presente:

-Fabiano, eu realmente não entendo porque tu escreves desse jeito... Escritos cheios de putaria, palavrões, pelos, cheiros e gostos horríveis – disse Ronaldo, um cara que eu considero amigo eventual e meio confiável (agora ele sabe disso).
-Olha brother, escrevo assim porque é assim que sinto assim... Penso assim, vivo assim... E na minha tentativa, tento dizer o que é a vida é...
-A vida é isso?? Se for isso cara, é pra ti... Minha vida não é assim de jeito nenhum... Não, minha vida não é aquela merda...

Meu olhar o fixou... E por trinta e nove segundos, fiquei olhando-o sem dizer nada... E pensei comigo: pensa melhor filho da puta... Pensa no que estas dizendo... Então eu falei:

-Quem ontem contava vantagem, porque a gostosa do serviço te deu mole? Chamou-a de vagabunda, putinha, safadinha? Quem estes dias deu um tapa na bunda de uma travesti na rua? Quem se gaba de ser o estraçalhador de cu? Hein? Me diz Ronaldo... Me diz que isso nada tem haver com textos marginais?
-Não é bem assim... Eu sou um homem de caráter e de família... (comecei a rir...)
-Claro que não Ronaldo, nunca é bem assim... Dificilmente divulgamos o tamanho do “cagalhão” que carinhosamente depositamos no vaso, como um ovo podre sem vida e perfumado... Isso nada tem haver com caráter ou ser de família, Ronaldo... Alias, falando em família, quem disse estes dias que preferia ver a filha morta, que lésbica?

Eu estava calmo... A maioria das pessoas não vale a pena a exaltação insana... Fico tranquilo, já me disseram coisas bem piores que isso.
Ronaldo pareceu não ter gostado das minhas palavras... Mas se manteve ali...  Com aquele sorriso desconfortavelmente amarelado. Não é preciso vasculhar muito a vida de um ser humano pra achar merda.

Luís Fabiano


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