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quarta-feira, dezembro 05, 2012




Navalhadas Curtas: Paz das Rivais

Quando digo que realmente não sabemos nada do outro ser humano, é sério. Dias atrás escrevi sobre a briga das vizinhas no meu prédio, por causa da descoberta de uma traição. Gritavam como vadias lavadeiras a beira do rio.

Não nego que gostei de vê-las assim. Aquilo me pareceu autentico. As pessoas nunca sentem nada, vivem como se olhassem as vitrines da vida, é preciso paixão.

Ainda pouco passei pelas duas. Conversavam na praça do prédio, tomavam chimarrão e tudo, estavam rindo.
Realmente se merecem, ou talvez o amor tenha triunfado. As cumprimentei na passagem:

-Olá moças, tudo bem...
-Oi vizinho... Aliás, vizinho, valeu pela dica daquele dia...
Fiquei pensando que dica.
-Tudo bem eu disse, ainda bem que terminou tudo bem...
-Sim tudo bem mesmo... Agora “samos” amigas - ela disse

Eu ia ficar na minha, talvez até devesse ficar, mas não me contive, por dois motivos: primeiro as tetas da vizinha de cima são ótimas naquele decote, segundo o que teria acontecido com o cara, a causa da briga?

-E o cidadão que fim teve? Perguntei.
-Tá lá em casa - disse a esposa- mas amanha ele vai pra casa dela...
-É – disse a outra – depois ele volta pra casa dela... Sabe como é, dividimos...
-Porra, bonito isso meninas... Nada de brigas pelo amor...

Elas se olharam e começaram a rir. Eu ri também.
Antes de entrar eu disse: quando tiver uma festinha, me avisem ok...

-Ok vizinho... Pode deixar.

A amante fazia cara de safada... Acho que ali ainda existem coisas que desconheço.


Luís Fabiano.




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