Navalhadas Curtas: Paz das Rivais
Quando digo que realmente não sabemos nada do outro ser
humano, é sério. Dias atrás escrevi sobre a briga das vizinhas no meu prédio,
por causa da descoberta de uma traição. Gritavam como vadias lavadeiras a beira
do rio.
Não nego que gostei de vê-las assim. Aquilo me pareceu
autentico. As pessoas nunca sentem nada, vivem como se olhassem as vitrines da
vida, é preciso paixão.
Ainda pouco passei pelas duas. Conversavam na praça do
prédio, tomavam chimarrão e tudo, estavam rindo.
Realmente se merecem, ou talvez o amor tenha triunfado.
As cumprimentei na passagem:
-Olá moças, tudo bem...
-Oi vizinho... Aliás, vizinho, valeu pela dica daquele
dia...
Fiquei pensando que dica.
-Tudo bem eu disse, ainda bem que terminou tudo bem...
-Sim tudo bem mesmo... Agora “samos” amigas - ela disse
Eu ia ficar na minha, talvez até devesse ficar, mas não
me contive, por dois motivos: primeiro as tetas da vizinha de cima são ótimas
naquele decote, segundo o que teria acontecido com o cara, a causa da briga?
-E o cidadão que fim teve? Perguntei.
-Tá lá em casa - disse a esposa- mas amanha ele vai pra
casa dela...
-É – disse a outra – depois ele volta pra casa dela... Sabe
como é, dividimos...
-Porra, bonito isso meninas... Nada de brigas pelo
amor...
Elas se olharam e começaram a rir. Eu ri também.
Antes de entrar eu disse: quando tiver uma festinha, me
avisem ok...
-Ok vizinho... Pode deixar.
A amante fazia cara de safada... Acho que ali ainda
existem coisas que desconheço.
Luís Fabiano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário