Assexuados
Uma boa conversa começa quando estamos sem roupas
Quando a voz encontra eco
Ainda que num universo de merda
Crepúsculos se vão
E a noite avança rápida com promessas quase infinitas
Mas como pontas de iceberg, que não se tocam
Estamos entre a cruz e a espada
Entre a buceta e o pau sem fio
Numa distancia quase sem misericórdia
Então busquei o possível
Com mãos que dançam entre as tetas e o cu
E foi como tocar em uma estatua
Já gozei em estatuas e manequins de plástico
Por vezes é assim nada acontece
Ainda que tudo esteja lá como os bagos de Deus...
As possibilidades não vibram
É o que sempre digo: estamos além do sexo muitas vezes
Mas a condição animal nos torna viscosos
Gosto que seja assim
Bucetas se abrem como o lótus
Almas se abrem
Pensamentos também
E amor nada tem haver com isso
A fêmea não exalando o cheiro de cio
Já esta mais para Virgem Maria
Não sei exatamente se gosto dela
Nunca fui muito bom com virgens...
Creio que tenho problemas com o manto...
Mas ali não havia nada disso...
Uma calcinha linda, branca e leve como gosto
Pelos suaves
E nada mais
Me sentia tranquilo
Aprendi a ficar a vontade em desconfortos emocionais
Muitas vezes elas não gostam da minha reação
Gostariam que eu berrasse algo... E talvez perdesse o
controle...
Mas o silencio é uma benção
Que afaga nortes sem rumo
Que deita em um ninho sem orgasmo
E sempre há uma nova oportunidade
O tempo é a chave...
Luís Fabiano.
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