Navalhadas Curtas: No Corredor
Chego em casa as três da manhã. Uma noite virginal,
quando meu sonho maior será uma punheta encantada antes de dormir. Gosto assim,
sou um anjo punheteiro agora. Entro no elevador e chego no meu andar.
Alguém conversa no corredor. Um casal parece. Os ouço
pelo vão da escada. Abro a porta do Ap, mas não entro.Fiz de maldade mesmo. Uma
conversa de corredor as três da matina... É algo relevante. A luz do meu andar
se apaga automaticamente, eles seguem conversando como se estivessem sozinhos.
Eu gosto muito deste prédio...
-Ta Zé... então me diz, onde tu arrumou este corrimento
aí? É Gonorreia? Será?
-Vou saber... eu que deveria te perguntar, porque a tua
vagina tá assim? Que cor é isso aí? Verde? E esse cheiro? Deus do céu...Horrível,
como pode feder tanto...
-É... nós dois somos uns fudidos – ela diz
-É Monica, mas agora azar... Vamos ter que cuidar isso...
-Tudo bem... mas não as três da manhã...
-E as três da manhã acho que não...
-Bom...e o que tu sugere?
Apenas ouvi os sons de beijos... começaram a se arretar
forte no corredor, não vi seus rostos ou corpos... Mas seus gemidos enchiam o
corredor e me inspiraram...
E naquele corredor feito de felicidade e
corrimento, eu tirei meu instrumento para fora... e gozei ouvindo-os gemer.E de
alguma forma, éramos os três porquinhos na versão trash/bizarra. Que bom.
Luís Fabiano.
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