Navalhadas Curtas: Adoradoras de merda

Vinha caminhando despreocupado, apreciando a suave paisagem da Barroso. Carros, a rua, o cheiro da poluição, os nossos adornos cotidianos do viver.

Então as duas saíram de um prédio, e foram caminhando na frente a pouca distancia.

Naturalmente o que me chamou a atenção sobre elas, foi a bunda. Boas, simétricas e algo flácidas como gosto, ambas.

Pareciam animadas excessivamente animadas. Tudo bem.

As segui devagar sem intenção, fui ouvindo o papo profundo:

-Bah... Ontem me desarranjei grosso menina... Nossa... Saiu cada coisa de mim, que fiquei assustada e sem ar...

A outra ri muito.

-Imagino, tu tava soltando cada pum ontem que... Minha nossa... Tu tava podre guria...

-É verdade, e te digo mais, eu caguei uma coisa preta, com uma gosta fedorenta, como se fosse um coco muito antigo, sabe? Saiu rasgando meu anelzinho... Sabe como é cagar um porco espinho as avessas? (muitos risos)

-Aiii que horror... Como tu conseguiu?

-Não foi nada fácil, o desafio da minha vida, me concentrei e expulsei aquilo... Além do mais né Babí, depois que entra algo maior na gente... Sair não pode ser problema... (gargalhadas)

-Loca, loca, loca... Mas um pau é melhor né...

-É, é ,é...

Então uma delas olha pra trás.

La estava eu, cara de paisagem... Elas sorriem, mas agora já era tarde demais, já éramos todos muito íntimos.

Luís Fabiano.