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terça-feira, outubro 16, 2012




 Val, Pânico, fodas e Claustrofobia.
Parte1

Creio que todos querem algo bom na vida. Não entro no contexto do que seja bom pra mim ou pra você. Isso não tem a menor importância. O que para uns é paraíso, para outros é inferno.

O foda, sempre é o conflito. Isso deixa a alma inquieta, uma inquietação que não encontra pouso em um ninho tranquilo. Não brigo com nada. Deixo fluir minha vida em um mar de ranho cremoso e quentinho. Detesto fazer força com qualquer coisa. Então relaxo, e de um modo geral, deixo que os outros entrem em conflito, decidam tudo eu chego depois.
Tudo que você precisa aprender na vida, é saber como abrir mão das coisas e fica em paz.

Aquela noite seria fácil. Os indicativos da intuição sopravam a favor. Ou não? Nunca sabemos se uma intuição vale a pena... Mas contarei isso depois.
O que importa no momento, é quando abri os olhos, uma bunda imensa tentava me afogar num mar maravilhoso de prazer. Gosto de rabos grandes. 

Ela gemia com uma felicidade intensa. Era uma meia nove luminoso. O forte cheiro de bunda suja, urina, suor e um pouquinho de merda adormecida. Foi assim que ela me acordou.

Valéria havia acordado com desejo. Gosto de Valéria. Gosto da sonoridade do nome dela... Diga o nome dela alto para ver, o som que fica! VALÉRIA!!Bacana. Pois foi assim. Valéria é uma mulher fogosa, puta, bissexual, das mais fáceis, geme como uma porca encantada por uma pica hipnotizadora.

Entrega-se ao prazer sem reservas. Eu gosto desse tipo de mulher. Que faz absolutamente tudo. Já estava excitado mesmo, me entreguei naquela manha poética de putaria, com o frescor da vida... Estávamos fortes, com bocas insaciáveis, incansáveis ...  Então como um mistério vindo do mais profundo das entranhas do ser humano... Valéria da um imenso peido sonoro em meu rosto... Foi como uma nuvem de gás tóxico tivesse invadido meus pulmões, minhas narinas... Por um breve instante, pensei que ia apagar, tamanho o fedor. Porra, que ela havia comido ontem? Um urubu que degustou um gambá? Meu pau se manteve duro. Mas eu comecei a tossir, e ela apertava as pernas grandes mais e mais, como uma prensa hidráulica apertando minha cabeça... Gemia dizendo que ia gozar... Enquanto eu tentava verificar que se ela não tinha se cagado... Por um breve instante tive a impressão que algo escorreu no rosto... Mas não, estava limpo, mais ou menos. Então com um grito abafado, ela goza molhando meu rosto e peidando novamente. É uma grande amante.

Por fim saiu de cima de mim e respirei ar. Valéria me olha e diz:
-Bom dia Fabiano... Bom dia gostoso da mamãe.
-Bom dia Val... Bom começar o dia assim.

Fui olhando o quarto... Eu não conhecia aquele lugar.

-Val – eu disse – De quem é esse quarto?
-Não lembra não? Acho que tinha boa noite cinderela naquela tua bebida... tu bebeu tudo...

Toquei nos meus rins, nas minhas bolas e no cu, para ver se tudo estava em ordem. Estava tudo bem.

-Não sei de quem é não.
-É do Valdinho o meu cabelereiro... Ele teu uma festinha aqui ontem... Tu estavas com uma garrafa de rum na mão, e dizia o tempo todo que a humanidade ia pra puta que pariu e lá todos foderiam com o chafariz da Praça Coronel Pedro Osório!! Tu tava bem maluco cara...

Com uma dor de cabeça terrível, fui me lembrando disso. Valdinho dá estas festas... E Valéria é presença garantida. Porque adora se despir em publico, se masturbar para trinta ou quarenta pessoas, tocar fogo em um posto de gasolina, ela não és das tímidas.
Porra, que mais eu teria feito?

Olho para o chão, uma garrafa de rum cubano jogada e vazia. O quarto lacrado. Janelas fechadas, era dia ou noite? Não conhecia Valdinho, mas lembro que um cara loiro, cabelos compridos de mulher, tentou sentar no meu colo... Só poderia ser ele . A memoria começou a vir devagar. Olhei o relógio, eram nove e trinta e sete da manhã.

-Valéria... Vou embora agora... To me sentindo preso aqui...
-Calma amoreco... Calma aí... Vamos fazer mais uma vez... to com o cuzinho piscando de amor por ti... Vem nego... vem...
Não sei o que foi. Talvez os resquícios entorpecidos da noite passada... Tinha vontade de ir embora. Bateu uma nóia de pânico, claustrofobia... Alguma merda assim. Não queria cu algum. O trem havia saído dos trilhos, eu tentava colocar tudo no lugar novamente... Para mais tarde sair de novo. Essa é a vida, o ciclo de tudo, e o importante é não perder-se por aí.

Levantei, e a porta estava fechada por fora. Que porra era essa? Olho pra Val, 
e digo:
-Porra Val, que merda é essa aí? Porque estamos trancados a chave?
-Amoreco, volta aqui... Volta... Vem comer o meu cuzinho vem... Olha aqui, o pisca-pisca...
-O Val... Tu tá com a chave desta merda? Abre isso pô... Deixa eu ir... Mais tarde eu como o cuzinho...
-Nã-nã-ni-não... Cuzinho primeiro... Depois a porta abre automaticamente... Há, há, há...

Comecei a bater na porta. Minha intenção era chamar atenção... Alguém iria abrir aquela merda. Bati muito forte. Então ouvi uns passos do outro lado. A pessoa parou junto a porta, e ficou bem quieto.

-Por favor, abra a porta - eu disse.
-Quem é você estranho ?
-Meu nome é Fabiano... E to aqui com Valéria... Porra cara, por favor, abre a porta.

Ouvi uma risada insana do outro lado. Não gostei. Então voz com um tom de insanidade respondeu:

-Tu és um monstro... Monstro dos lagos profundos, és o dragão de sete cabeças, e agora tu és meu... meu canarinho na gaiola, há,há,há...
-Fabiano, tu não vais comer meu cuzinho, não?- Disse Val - Se não vais fazer, eu ter que enfiar quatro dedos para me satisfazer agora... Que merda Fabiano...

-Cala a boca Val...

A pessoa seguia rindo do lado de fora.

-Valdinho... Para de loucura meu... abre isso...
-Não é loucura não... É o que eu vejo com meus olhos de Deus, eu estou vendo as sete cabeças na beira do apocalipse... há,há,há o dragão esta preso agora...o dragão é meu...
-Xiiiii, o Valtinho tá com alucinação novamente - disse Val - ele se droga demais, frita o cérebro, e depois fica sem noção do que é real e do que é verdadeiro... Isso deve passar um dia...

Segue.

Luís Fabiano.

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