Punhetinha Matinal
Ergue-se o vergalhão com asas de anjo
Apontando como a Torre Eiffel
Disposto a fuder o céu inteiro, na agonia de um estupro
infinito
O clamor dos errantes cometas doentios
Apontados para Terra, escavando buracos virtuais
Como a buceta de um dinossauro
Assim abro os olhos
Manhã após manhã...
Como um touro reprodutor
A espera da vaca encantada
De olhar luminoso na xoxota de ouro
Tem sido assim em alguns anos...
Solidão e ereção... São tantas e nenhuma
Vida delinquente e amor ausente
Então com lentidão
Exponho a glande inteira
Como um dedo apontado para o sol
Sou destro, mas detesto tudo que é direto
Mexendo lentamente, pra cima e pra baixo, até pegar o
ritmo bom
Penso em Marias, Monicas, Judites e Antonias
Todas peladas sorrindo suavemente
Elas são melhores em minha mente...
Cheiros bons misturam-se ao meu agora...
O típico cheiro de porra no ar
A tesão rasga a beleza
E a vida vira um mar de porra, entre lençóis desarrumados
O naufrago desmaiado em uma UTI sorri uma vez
Lutando pela vida, a espera do depois
Se eu tivesse tempo, foderia com todas as mulheres da
humanidade
Agora tudo volta ao normal...
Eu peido com força
Seco o pau nos lençóis...
Tá, e agora ?
Bom dia... Ou foda-se.
Luís Fabiano.
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