Navalhadas Curtas: Tempestade na buchada
Tudo em nossa vida, se anuncia por sinais imperceptíveis.
Às vezes nem tanto. Acordei com uma forte pressão na barriga. Eventualmente
acontece. Pela manha, os gases parecem estar mais nervosos. E nesta manhã
especificamente... Eles haviam tomando alguma anfetamina...
Como um tolo preguiçoso qualquer pensei: Opa, beleza aí,
é dar um peidinho... E isso passa, e posso levantar flutuante nas asas do
fedor... Como um incenso do capeta.
Soltei o primeiro... Saiu alto e grave, como um tenor de
opera. Mas não foi exatamente suficiente pra aliviar.
Achei que deveria aplicar mais força na pressão no próximo.
Respirei fundo como um nadador dos duzentos metros... Saiu um som que mais
lembrava o apito de um navio... Longo, largo e profundo.
Porem amigos... A coisa não ficou nisso, tão barato. É
onde tudo muda na vida. A força aplicada fora demasiada... Fazendo com os gases
saíssem com tanta violência, que os mesmos trouxeram seus acompanhantes mais
sólidos...
Cena linda... Algo pastoso e quentinho, como uma papinha
de criança, inundava meu rabo.
-Que merda!
Mas ao contrário das outras vezes... não corri, relaxei
como um yogue iluminado. A pressão havia passado... Agora havia uma paz fedida
em mim... Mas essa é a vida, tudo tem seu preço.
Luís Fabiano.
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