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sexta-feira, setembro 28, 2012



Navalhadas Curtas: O merda sem cheiro...

Quando cheguei ao bar, ela já estava alterada. Mas não estranho estas coisas, pensei comigo: merda de vadia escandalosa.
O cara que estava com ela, olhava para o chão como se estivesse com o saco rendido, uma submissão indigna.

Pensei: Ele fez merda...  Sentei-me e fiquei na minha:
-Olha aqui Antônio, eu não gosto que ajas assim... Viu to te falando...
-Mas amorzinho, eu não fiz nada...
-Não me interessa, tu tens que fazer o que te digo, tendeu? Eu digo e tu fazes, e outra, já vai dizendo, quem é aquela vadia que tu cumprimentaste?
-Amor... Era a faxineira... Tu ta vendo coisas amorzinho... eu faço tudo que dizes...tudo...tudinho...

Ele era um merda, e ela uma idiota, logo formavam um casal perfeito. A postura dela me irritou muito, 
durante aquela hora que estive no Dom da  Palavra! Não me meto no amor alheio, foda-se, cada animal que lamba o próprio cu.

Mas hoje não. Quando estava saindo, não resisti ao impulso, parei diante da mesa deles, e olhei para o cara e depois fiquei encarando a puta nos olhos, de tal forma que ela ficasse constrangida ou com medo, funcionou... O cara não fez nada, então eu disse:

-Cara deixa essa mulher aí, ela não gosta de ti... O mundo tem mais mulheres que homens, escolhe outra melhor e essa dai que se foda... Ela não tem noção da concorrência.
Antônio estava congelado... Mas por um breve instante ele pareceu sorrir confiante... Acho que a puta se fudeu.

Luís Fabiano.


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