Navalhadas Curtas: O merda sem cheiro...
Quando cheguei ao bar, ela já estava alterada. Mas não
estranho estas coisas, pensei comigo: merda de vadia escandalosa.
O cara que estava com ela, olhava para o chão como se
estivesse com o saco rendido, uma submissão indigna.
Pensei: Ele fez merda...
Sentei-me e fiquei na minha:
-Olha aqui Antônio, eu não gosto que ajas assim... Viu to
te falando...
-Mas amorzinho, eu não fiz nada...
-Não me interessa, tu tens que fazer o que te digo,
tendeu? Eu digo e tu fazes, e outra, já vai dizendo, quem é aquela vadia que tu
cumprimentaste?
-Amor... Era a faxineira... Tu ta vendo coisas amorzinho...
eu faço tudo que dizes...tudo...tudinho...
Ele era um merda, e ela uma idiota, logo formavam um
casal perfeito. A postura dela me irritou muito,
durante aquela hora que estive
no Dom da Palavra! Não me meto no amor
alheio, foda-se, cada animal que lamba o próprio cu.
Mas hoje não. Quando estava saindo, não resisti ao
impulso, parei diante da mesa deles, e olhei para o cara e depois fiquei
encarando a puta nos olhos, de tal forma que ela ficasse constrangida ou com
medo, funcionou... O cara não fez nada, então eu disse:
-Cara deixa essa mulher aí, ela não gosta de ti... O
mundo tem mais mulheres que homens, escolhe outra melhor e essa dai que se
foda... Ela não tem noção da concorrência.
Antônio estava congelado... Mas por um breve instante ele
pareceu sorrir confiante... Acho que a puta se fudeu.
Luís Fabiano.
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