Navalhadas Curtas:
Tartarugas Congeladas
Eu estava num show. No caso eu era o show. Porra, meu
momento de estrela? Só pode ser assim. Eu teria que quebrar uma barra de gelo
com um soco. (já fiz isso) Mas nunca fiz show.
A primeira barra veio. Parecia boa. Fiz a concentração, a
respiração e dei a porrada. A barra já era. Sentia-me o mais foda deste lado do
planeta. O ser humano é muito tolo... Basta algo pequeno para queira ganhar “asas”em
um ego feito de plástico.
Então o apresentador disse: agora um desafio ao Fabiano.
Veio uma barra de gelo, das grandes... Assustadora pela
largura. Fiquei na minha, mas não sei por que, o cu fechou.
Fiz a merda da respiração, concentração, dei a porrada e
barra não se partiu. Fiquei achando estranho porque ela não havia quebrado ?O
publico vaiou pesado. Que eu fiz de errado? Sou destes que tem uma convicção profunda,
acredito até o osso.
O apresentador me chamou num canto e disse: Vou te dizer por
que não quebrou.
Deu uma marretada na barra de gelo, e do meio do gelo ele
tirou uma tartaruga pequena de bronze. Afirmou que aquela era uma barra “alta”,
o bronze faz isso.
Me acordei sobressaltado... Essas merda de sonhos que tenho
depois de beber rum. Afinal acho que isso não tem sentindo algum... Tartarugas
de bronze? Assim não dá.
Luís Fabiano.
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