Navalhadas Curtas: Puta Mutante
Ruas de Pelotas à noite. Desertas pelo frio, enquanto dentes afiados rasgam almas em cantos escuros, numa tentativa de acender o fogo do inferno... O calor humano possível.
Cada um se vira como pode. Eu deslizava sozinho por estas mesmas ruas, que durante o dia tinham bom comportamento.
Não sabia o que procurava... Isso me deixa exposto a tudo.
Então em uma esquina, ela brilhava com uma bolsa, um sorriso com toda aquele frio? Ela só poderia estar alta... louca talvez.
Parei o carro, ela veio até a janela:
-Tu que vais ser o meu salvador?
-Meu não nome não é Jesus... Quanto ao resto, bem...
-Ótimo... Não to aí pra Cristo... Me tira deste frio? Por Favor...
Avaliei a situação. Alta, branca como a neve, cabelos curtos, tetas meio caídas, bicos duríssimos e minissaia...
-Entra ai... é quanto?
-Se tu me deixares em casa... 30 pila.
-Onde tu mora? Em Marte?
Ela riu frenética, esfregando as mãos...
-Não... no areal... sou virgem no negocio...
-Ok... eu sou de capricórnio.
Relaxei, e a levei para o motel mais próximo... sem bebidas... sem cuspe... Sem papo extra, talvez minhas garras também estivem de fora...
Entramos no quarto ordinário, ela foi tirando a roupa, como uma caixa registradora. Mas antes um suspense:
-Cara eu tenho uma surpresa pra ti...
Pensei: me fudi... Surpresa de uma puta as três e um da manha, não pode ser algo bom.
-Diz... qual é...
-Eu tenho um defeito ou qualidade...
-Quem não tem.
-Olha aqui...
Mostrou a teta esquerda, e era fantástico... Porra, aquela teta tinha dois bicos grandes e bem duros. Uma mulher e três bicos...
-Porra sensacional... Espero que tu não cobres a mais pelo bico extra...
Luís Fabiano.
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