Filetes de sangue:
Somos presas da dor alheia. Por vezes nossa pele é
arrancada, e conseguimos sorrir... um coração de aço inoxidável, reflete o que precisamos
suportar, coisas que calam... Mas nem tudo se resume a nós facilmente... É um
bem e um mal.
Os outros sempre fazem doer mais.
Olho nos olhos de um velho... O rosto dele colado a
vidraça, como se quisesse atravessa-la... nós uns desconhecidos, unidos pelo
instante.
Ele olha pra rua e me vê... Não sorri ou chora... Coloca
uma das mãos no vidro e faço o mesmo... Distantes e próximos, e por alguns
segundos nos olhamos conectando em fibras de silencio, senti-me bem... Passei,
porque sempre passamos.
Mas algo ficou em mim, como traços de um sonho bom...
Luís Fabiano
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