Violência Gangrenada
Ela sai da toca quando menos esperamos
Abocanha-nos a alma
E nos lança em um berço maldito de medos possíveis
Uma cobra enrodilhando-se na presa frágil
O escuro criando vida
Animando o lamento
Choram crianças nas esquinas
Espalha-se a dor pelo vento
Mesmo vento que poliniza as plantas novas
Que faz as rosas nascerem
Regadas pelas lagrimas do mundo e orvalhos distantes
Tudo se espalha...
Espalham-se as tripas, a vísceras , o sangue
A merda, o medo, o porquê, a razão
Não sabemos nada
De onde estas mandíbulas afiadas vem
E quando farão seu show novamente
Uma obscenidade requintada de horror
Vidas que mudam drasticamente
Vidas rasgadas pelo meio
Historias que atalham para o fim sem brilho
Velas nas encruzilhadas tentando iluminar as ruas
Uma chama que balança
Testemunhas de Deus
Algodão dos anjos
Não sabemos quem é quem
Mas nossas mãos não estão limpas
Culpas dançam um tango em nossas entranhas
E o medo diz que um dia é a nossa vez
Isso tudo é um acerto de contas
Que a natureza das as cartas
Fique esperto...
Luís Fabiano.
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