Drogada, Puta e Esquecida
Magra demais ossos de feto
Gravetos angustiosos da perdição
Beleza não assumida da distancia
Canibal vulgar de amores desfeitos
Fragilidade fria sedenta de carinhos
Agora drogava-se a todo momento
Percebendo o mundo como uma viagem sem chegada
Ruas que se contorcem como vermes
Quer esquecer tudo
A amnesia de culpas enterradas
Esquecer de mim o corvo alado
Vende a xoxota barato
Deseja morrer asfixiada em esperma desconhecido
Ter filhos putaria
A flor afogada no excesso de vida extrema
Que rasca a noite no apagar das luzes
Na esperança sem cruz de achar vida
A vejo de longe agora
Ilha errante
Ficou perigosamente e sem controle
Acelerando ao máximo na sede de colisão
Raiz que quer mergulhar nas estrelas
Afagar com a língua os pés de Deus
Na promessa maldita de terno amor
Recolhi-me a indiferença
Asas que se fecham para não voar
Ela segue assim e me culpa eternamente
Ferida que agride a navalha e fere
Se fere
Dor reverberando na ponta das unhas
Onde o flagelo não encontra guarida
Onde beijos não encontram aprisco
A abençoo com minha indiferença doce
Enquanto a vingança emudece nas saudades agudas do ontem.
Luís Fabiano.
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