Flores do Desterro
Ela sorri patológica
Riso em traço
Fadiga entre sonhos
Apagões das metrópoles e medo nos cantos
Ela quer fugir
Pirilampos ansiosos rondando a luz dos postes
Enquanto suas flores crescem em si
Dardos mágicos apontando para o céu sem estrelas
Feridas em flor
Entre agulhas afiadas
Canos existenciais sem asas
O branco
Tudo tão branco, tão branco
As pessoas parecem almas flutuando
A doença fertilizando em si as flores de inverno
Naquela cama
Seu ringue sem cordas
Que insiste em leva-la ao nocaute
O gongo tocando sua sinfonia
Enquanto noites e dias se cruzam sem inicio ou fim
Cinza, agora tudo tão cinza
Abatida
Mas não morta
A flor abandonada em um copo d’água
E saudades do beija-flor
Mensageiro
Amor
E gozo
Porque tudo esta tão vermelho hoje?
Botões rubros no lençol branco crescem
Eles correm com pés de lesmas cintilantes sem asas
Tudo que quero
É que reguem minhas rosas...
Um pouco mais.
Luís Fabiano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário