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quinta-feira, agosto 04, 2011


Copo pela metade

A paixão a muito se foi
Fiapos ficaram para trás
Uma corda que se rebenta
Força além da força
Sinto-me bem
No meu brutal entender
Sadio talvez
Olho a vida com uma fina camada de frieza
Uma maturidade dolorida
Sem verniz
Apenas a crua beleza em chamas
Mensagens cálidas
Feitas de orvalho e lagrimas
Das coisas falam em silencio
Sussurros da alma
Na ordinária existência de modorra
Lagrimas falam
Pétalas de flores ao vento
Uma casa em chamas
Feridas que sangram
Aquela bunda carinhosa sorrindo pra mim
Minha indiferença a tudo também fala
Bom que assim seja
Gosto da distancia que as pessoas ficam
Montanhas inatingíveis
Entre medos e desconhecidos
Sinto-me bem
Apenas não quero que a poesia se vá
Que minhas dores me abandonem
Que me perca em meus labirintos
Na solidão medonha de não ver-me
Narciso vomitando o humano
Sem reflexos
Ou estrelas
Ou a fina camada de frieza e amor
Não me abandono mais
Sou a ancora de mim mesmo

Luís Fabiano

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