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terça-feira, agosto 09, 2011



Clausura das emoções

Elas me querem apaixonado
Mas eu não creio nestas merdas
Acho meio patológico
Ansiedade, câncer e gangrena
Quando menos se espera
Amputam algo de você
Partes do coração ou culhões
As vezes mais

Então vem a próxima
Começa tudo novamente
Sorrisos e beijos
A primeira trepada e nada sublime acontece
Não sei por que faço isso...
É meu jeito de viver
Como fazer embaixadas
A eterna punheta solitária
Partida que nunca acontece
Promessas do vazio
Muitas vidas em uma vida

Gosto que seja assim
Gosto dos desertos a noite
Gosto das estrelas distantes
De pernas cruzadas
Calcinha brancas enfiadas na bunda
E bundas cheias de promessa
Mas as lagrimas são fatais
Cacos de vida que não se encontram

As vezes a alma atrapalha tudo
O óbvio acaricia a forma
E o coração só deseja aprisco
Sou a caverna escura
Goteiras de cristal
Choro do silencio
Emoção sem asas
Beijos que o vento leva pra longe
Carinhos que se esfumaçam
Sou o sólido vaporoso
E o abraço do espírito.

Luís Fabiano.

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