Navalhadas Curtas: Bola da vez...
Ela telefona tarde demais, 00:37.
A noite derrapa na madrugada, estrelas se acendem no céu e o mundo ordinário se entoca, disparando do gelo lá fora:
-Alo...
-Fabiano sou eu, Camila, tudo bom?
Havia uma espécie de ânsia em sua voz, uma ânsia que conheço, meio perigosa para boas relações.
-Sim, tudo ótimo, sempre ótimo... mas que houve?
-Não, nada, apenas queria saber se hoje é meu dia? Ou é amanha ? Ás vezes me perco...
-Tudo bem Camila, é amanha, claro se tudo der certo, meus planos são voláteis, nada é escrito em definitivo... a única coisa definida pra mim, é a indefinição.
-Claro, claro desculpa tá?
Fica em silencio, sinto que quer dizer algo mais, mas não diz, as vezes é melhor assim.
Luís Fabiano.
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