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sábado, maio 14, 2011

Navalhadas Curtas: Pau de anjo


Depois de uma broxada eclipsante, nos olhamos com cara de paisagem. Eu nunca me preocupo com broxadas, nem fico tentando achar quem é ou foi o culpado. O guindaste não subiu? Vamos beber algo ou dormir, depois tentamos novamente.

Aquele dia eu estava cansado, havia fumado e bebido, então essa mistura não é das melhores... mas não adiantou, ela ficou cruel com a xoxota molhada e arrotou:

-Pras outras tu tem essa merda dura... pra mim não, que foi? O que tu não gostou, o que eu fiz errado?

Minha vontade original era dar um soco na boca dela, mas sou autocontrolado, olhei sorri com dentes cariados e felizes:

-Tá tudo bem Nina, vamos dar um time, daqui a pouco rola, não seja injusta porra...

Já fui virando para o lado, mas sabia que não iria ser fácil, a menstruação dela estava chegando e sua disposição para briga aumenta nestes períodos, o homem deve saber isso da sua mulher, ajuda muito.

Ela ficou discutindo, fiquei calado, por fim ela disse que iria sair e transar com qualquer um que encontrasse de pau duro...

-Tudo bem amor, apenas não faça barulho.

Quando acordei pela manha, ela estava ao meu lado e roncava, não sei se saiu, mas eu estava a ponto de bala...



Luís Fabiano.

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