Esquecendo a mim em ti.
Esqueço os primeiros beijos
Como canções que se repetem cansadas
Transformando o belo
Em óbvio oxidado
Esqueço na esperança de amar novamente
Como se a saudade fosse um resgate
Que não se pode tocar com as mãos nuas
Teu cheiro que desaparece das minhas entranhas
Criando um vazio eterno
Feito de ânsia, sonho e loucura
A ser preenchido por mim
E dezenas de outras que vem e vão
Como um pêndulo louco
Transando com o tempo
E acariciando os pentelhos da morte
Mas por ora esqueço
Em silêncio
Como as nuvens se desvanecem
Depois e brincarem nas formas
Que nossos olhos desejam ver
Veste-se o desejo
Nas dobras do pensamento
Injeta-se uma alma ali
E ela se esgueira pelos labirintos do vento
Presa de si mesma
Acariciando tenras e aprisionantes lembranças
Por isso esqueço
Para que meu coração se renove
E respire no ciclo da vida...
Uma vez mais.
Luís Fabiano.
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