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quinta-feira, abril 28, 2011



Navalhadas Curtas: Cadelas Piscam


Nunca tive muita afinidade com cães, prefiro felinos, por ser minha personalidade algo semelhante a estes. Aprendemos a gostar de muitas coisas no decorrer da vida, mesmo que seja comprimido por desejos não satisfeitos, dores lancinantes e o caos que eventualmente aparece de surpresa.

Ontem em minha caminhada vespertina, passei por uma bela mulher vestida com uma roupa de ginástica, aquele tipo de mulher como diz o mestre Nelson Rodrigues: tão bonita que é lésbica de si mesma.

Um tipo inatingível para mim, mas nem tudo estava perdido. Ela estava com uma cadela muito grande e a cara da dona (desconheço a raça). Normalmente não dou atenção para isso, mas por uma fatal imposição do destino, ou de meu bestialismo fecundo, acabei olhando para xoxota da cadela. Não me perguntem por que olhei. Esqueci a dona da cadela.

Não sei o porquê motivo, aquela xoxota canina era curiosamente imensa, cheguei a sorrir sozinho, pensando na diversão que aquilo poderia dar... acho que a cadela até percebeu, pois veio para perto de mim lambendo minhas mãos, a safadinha!
Pisquei o olho para ela.


Luís Fabiano.

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