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sexta-feira, setembro 17, 2010


Argentino.

Bebidas deveriam falar
Estoi aqui mi friendo,
qualquer coisa
A garrafa sorri para mim
Cara simpática, preço doloroso
Foda-se
Meu espanhol enferrujado
Meu cansaço noturno
E uma fome de merda
Debaixo do braço, ela veio
Outra vez,
mais uma chance a eles
Sirvo uma taça longa
Escuro e denso
Como pedras vulcânicas
Desce amargo
O maldito macarrão
E o molho vermelho
Como uma menstruação
Enfeitando a massa
Fui comendo e bebendo
A cada gole
Sabia que meu despertar, seria um pesadelo a prestações
A garrafa foi ficando vazia,
Como uma tortura medieval
Gota que cai na cabeça, lentamente
Os braços e pernas esticados destruindo tendões
Por fim vazia,
a garrafa parecia disforme
Maldito chão, que torna-se macio demais
Dormi
Quando acordo, o diabo esta morando em meu cérebro
Tudo dói, pensar dói e respirar também
O estomago revoltado, sai pela boca
Esta foi a ultima vez
Depois de três tentativas com vinho argentino
Eu desisto
Vou tomar mijo das vagabundas
Já tomei alguns bem deliciosos
Mas por hora, eu estou vomitando.

Luís Fabiano.

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