Literatura marginal.
Quando um texto é espremido das entranhas, em meio a emoções contraditórias, pensamentos caóticos, situações inusitadas, quase bizarras, quando a última coisa que importa, é com a ordem das coisas.Se são boas ou más, limpas ou sujas.
Certamente este é um texto que causa comoção.Naturalmente as pessoas não gostam, chamam de literatura espúria, obscena, vazia de sentido.Não sabem que tudo tem um sentido?
É, assim realmente deve ser, a quem espera que a vida seja, limpa, bonitinha e perfeitinha.Criam isso em sua mente, passam a vida tentando aliar o ideal a realidade. Enlouquecem lentamente,frustram-se, e o paraíso nunca se realiza. Não é assim.
Escrevo sobre isso porque gosto.
Porem o que cala, é justamente o que não é entendido. Ler não é juntar letrinhas, isso é fácil, qualquer imbecil faz. Acho muito curioso quando as pessoas me dizem que leram isto e aquilo, falam literalmente o que leram, com um ar superior intelectualóide, realmente me cansa. Leram toneladas de coisas, não passam de papagaios repetindo tudo. No entendimento, funciona como se não tivessem lido nada.
Realmente não espero elogios ou ofensas, pouco me interessa isso. Mas é impossível não notar que mesmo vivendo um tempo supostamente atual, as pessoas ainda pensam conforme suas idades naturais. E pode alguém ter muita “cultura”, e ser absolutamente ignorante.
Aprenderam a ler, e não apreender o sentido, que reside ocultamente nas entrelinhas. Apegam-se a uma frase que seja idiota quando vista isoladamente, fazem desta frase o um cavalo de tróia, o julgamento de tudo. Tal julgamento, me parece moral e limpo demais para ser humano.
Moralistas costumam ser vasos repletos de merda até a garganta, se engasgam com a própria merda.
Quando se escreve, algumas pessoas usam seu coração, falam de amor, de paz, de coisas bonitas que visam encantar quem lê. Outros preferem usar o pensamento frio, sem emoção, escrevem por escrever, sem perceberem o que escrevem, máquinas de escrever modernas.
Estes não provocam absolutamente nada naquele que lê, eis ai milhares de páginas escritas que passam desapercebidas por todos, alguns até ganham a honra de se tornarem papel higiênico, onde finalmente tem um fim útil.
Lembrei-me da revolta de Marisabel.
Foi uma amiga com alguma idade, a mais velha que comi na vida, estava com sessenta e seis. Mais um seis seria uma besta. Mas completamente louca de pedra, as loucas são interessantes, costumam dar fodas muito quentes, repletas de insanidade e sem limites.Berram, gritam dizem tudo que querem, xingam. Ela me chamava de filho a puta, eu gostava.
As mulheres normais, são quase apáticas. Gostam de trepar no sábado ou da quarta feira.
Dei-lhe de presente um livro, de um dos pouquíssimos amigos que tenho. Esta foi mais uma historia da obra, O Homem que Brigava com Deus!
Marisabel leu o livro, mas a literatura não lhe caiu bem. Achou ofensiva, marginal, cheia de palavrões e erótica. Telefonou-me no outro dia, me ofendendo como se eu fosse o autor.Achei engraçado. Naturalmente brigamos, nunca mais tornei a falar com ela. Era boa foda, mas burra demais. Mas algo ficou. A reação dela, isso é elogiável, ela rasgou o livro em milhares de pedaços, jogou-o no lixo. Marisabel leu o livro realmente, exaltou o autor da melhor maneira que pode. Dei esta obra a outras pessoas, e o maximo que ouvi foi: ”é, um bom livro, um bom livrinho”.Gosto não se discute.
Hoje Marisabel me odeia, acho ótimo, ela entrou na fila interminável dos que me odeiam. Por causa de sua reação ainda falei com ela, tentei esclarecê-la.Mas era impossível. E nunca mais.
Gosto de escrever, não me denomino autor, escritor ou coisa parecida.Tenho a noção que não sou nada disso. Realmente isso não me interessa, a única coisa que me interessa é meu prazer. No fundo não me importo com nada ou ninguém, a não ser comigo mesmo. Escrevo, porque me dá prazer conversar comigo mesmo, dizer e sentir o que quero. Abrir as entranhas e escrever com as tripas gordas e repletas de merda, depois observar de longe minha arte, que a maioria acha desprezível. Que seja,foda-se.
Erros de toda sorte, palavrões, violência, agressividade, tristezas, solidão,vômito de cachorro, sexo bizarro e outras particularidades da alma humana, você encontrará aqui.Para a maioria não passa disso, do chulo, o vulgar.
Não espero que entendam.
O objetivo é justamente causar desconforto, causar algo dentro de si, ainda que seja repulsa, porque isso é sinal de vida.
Esse é o meu prazer, onde eu gozo absolutamente sozinho. Não há convidados, apenas dispensados.
Luis Fabiano.
A paz é um pedaço de merda, que se come com talheres de prata.
Quando um texto é espremido das entranhas, em meio a emoções contraditórias, pensamentos caóticos, situações inusitadas, quase bizarras, quando a última coisa que importa, é com a ordem das coisas.Se são boas ou más, limpas ou sujas.
Certamente este é um texto que causa comoção.Naturalmente as pessoas não gostam, chamam de literatura espúria, obscena, vazia de sentido.Não sabem que tudo tem um sentido?
É, assim realmente deve ser, a quem espera que a vida seja, limpa, bonitinha e perfeitinha.Criam isso em sua mente, passam a vida tentando aliar o ideal a realidade. Enlouquecem lentamente,frustram-se, e o paraíso nunca se realiza. Não é assim.
Escrevo sobre isso porque gosto.
Porem o que cala, é justamente o que não é entendido. Ler não é juntar letrinhas, isso é fácil, qualquer imbecil faz. Acho muito curioso quando as pessoas me dizem que leram isto e aquilo, falam literalmente o que leram, com um ar superior intelectualóide, realmente me cansa. Leram toneladas de coisas, não passam de papagaios repetindo tudo. No entendimento, funciona como se não tivessem lido nada.
Realmente não espero elogios ou ofensas, pouco me interessa isso. Mas é impossível não notar que mesmo vivendo um tempo supostamente atual, as pessoas ainda pensam conforme suas idades naturais. E pode alguém ter muita “cultura”, e ser absolutamente ignorante.
Aprenderam a ler, e não apreender o sentido, que reside ocultamente nas entrelinhas. Apegam-se a uma frase que seja idiota quando vista isoladamente, fazem desta frase o um cavalo de tróia, o julgamento de tudo. Tal julgamento, me parece moral e limpo demais para ser humano.
Moralistas costumam ser vasos repletos de merda até a garganta, se engasgam com a própria merda.
Quando se escreve, algumas pessoas usam seu coração, falam de amor, de paz, de coisas bonitas que visam encantar quem lê. Outros preferem usar o pensamento frio, sem emoção, escrevem por escrever, sem perceberem o que escrevem, máquinas de escrever modernas.
Estes não provocam absolutamente nada naquele que lê, eis ai milhares de páginas escritas que passam desapercebidas por todos, alguns até ganham a honra de se tornarem papel higiênico, onde finalmente tem um fim útil.
Lembrei-me da revolta de Marisabel.
Foi uma amiga com alguma idade, a mais velha que comi na vida, estava com sessenta e seis. Mais um seis seria uma besta. Mas completamente louca de pedra, as loucas são interessantes, costumam dar fodas muito quentes, repletas de insanidade e sem limites.Berram, gritam dizem tudo que querem, xingam. Ela me chamava de filho a puta, eu gostava.
As mulheres normais, são quase apáticas. Gostam de trepar no sábado ou da quarta feira.
Dei-lhe de presente um livro, de um dos pouquíssimos amigos que tenho. Esta foi mais uma historia da obra, O Homem que Brigava com Deus!
Marisabel leu o livro, mas a literatura não lhe caiu bem. Achou ofensiva, marginal, cheia de palavrões e erótica. Telefonou-me no outro dia, me ofendendo como se eu fosse o autor.Achei engraçado. Naturalmente brigamos, nunca mais tornei a falar com ela. Era boa foda, mas burra demais. Mas algo ficou. A reação dela, isso é elogiável, ela rasgou o livro em milhares de pedaços, jogou-o no lixo. Marisabel leu o livro realmente, exaltou o autor da melhor maneira que pode. Dei esta obra a outras pessoas, e o maximo que ouvi foi: ”é, um bom livro, um bom livrinho”.Gosto não se discute.
Hoje Marisabel me odeia, acho ótimo, ela entrou na fila interminável dos que me odeiam. Por causa de sua reação ainda falei com ela, tentei esclarecê-la.Mas era impossível. E nunca mais.
Gosto de escrever, não me denomino autor, escritor ou coisa parecida.Tenho a noção que não sou nada disso. Realmente isso não me interessa, a única coisa que me interessa é meu prazer. No fundo não me importo com nada ou ninguém, a não ser comigo mesmo. Escrevo, porque me dá prazer conversar comigo mesmo, dizer e sentir o que quero. Abrir as entranhas e escrever com as tripas gordas e repletas de merda, depois observar de longe minha arte, que a maioria acha desprezível. Que seja,foda-se.
Erros de toda sorte, palavrões, violência, agressividade, tristezas, solidão,vômito de cachorro, sexo bizarro e outras particularidades da alma humana, você encontrará aqui.Para a maioria não passa disso, do chulo, o vulgar.
Não espero que entendam.
O objetivo é justamente causar desconforto, causar algo dentro de si, ainda que seja repulsa, porque isso é sinal de vida.
Esse é o meu prazer, onde eu gozo absolutamente sozinho. Não há convidados, apenas dispensados.
Luis Fabiano.
A paz é um pedaço de merda, que se come com talheres de prata.
5 comentários:
Fabiano, ótimo texto.
Infelizmente, todos nós seres humanos, mesmo tendo alguma cultura, somos ignorantes, ninguém sabe tudo.
A maioria é hipócrita, alguns gostam de textos bonitinhos mas ilusórios, mas acredito que a grande maioria das pessoas gosta de literatura marginal, da realidade nua e crua, fingem apenas que não gostam. Não entendo as pessoas que criticam a literatura marginal, estas mesmas pessoas assistem programas marginais, que são mostrados todos os dias nas emissoras de TV e adoram. Bom, até entendo, no caso elas visualiazam; quando na leitura temos que entrar na história e usar a imaginação.
A socidade em qualquer lugar do mundo é hipócrita.
Saludos.
O que?! eu não entendi o comentário.
Fabiano!
Não fostes sincero nas tuas palavras em relação "a outras pessoas que desses o livro".
Eu li, gostei muito, e ainda tive o prazer de comentar com autor, que o livro foi objeto de conversas, discussões sobre o personagem principal
na minha casa , ja que minha filha também leu, e nós mesmos falamos várias vezes sobre ele.
Por favor nao me coloque na vala comum.
Fica na paz
Mi
Ps. eu li o livro 2 vezes
Desculpe se ao ler o livro eu o interpretei errado e acabei rasgando, na época me ofendi mesmo, ainda bem que deste tempo dificil ficou em tua lembrança a boa foda que tivemos, como vc mesmo expôs...abraços partidos.
Maria da Conceição.
Parabéns, um texto maravilhoso.
Leio seus posts, gosto muito, mas me abstenho em comentar.
Gosto, inclusive de ler os comentários. E hoje comentarei os comentários, acho absurdo os comentários postados aqui. A primeira pessoa que comentou este post, fez um comentário muito inteligente, tem visão, outro comentou o comentário( não entendeu o comentário? Então não leu o texto). Os outros comentários não tem o que comentar, estão comentando a vida pessoal? Este é um espaço para comentários sobre o texto ou uma lavanderia?
Luis Fabiano, não sei como tu és como pessoa, mas teus textos são ótimos mesmo.
Leandro
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