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terça-feira, novembro 03, 2009



Tempestade Silenciosa

Quando chegou a mim,
eras doce brisa,
acariciava meu cabelos
Como notas de uma harmonia, sorrateira e muda.
Sopraste minha solidão para o longe,
e eras alento em meu espírito.
Nos teus sussurros encontrei a mim mesmo.
Quando dei por mim,
inebriado pelo teu frescor,perdido de mim.
Teu semblante,
Como nuvens carregadas em fúria,
não eras mais a brisa carinhosa.
Os teus olhos,
antes esmeraldinas contas, feita de brilho imanente.
Eram raios,
dardos que feriam em atroz cobrança.
Mas como fera,
que ataca no anseio de defender-se,
na ausência de perniciosa intenção.
Te vi nua, toda,
e nem por isso perdeste
tua beleza mais profunda.
No ferino em ti,
não havia crueldade,
antes sim, medos e sombras.
Tua calma volta,
como o dissipar de pesadas nuvens,
Tuas lagrimas chovem,
teu ser vibra,
e és agora, quietude em mim.
Tudo se passou e um momento para outro,
Fugaz instante,
Somos todos assim, uma linha estendida,
Entre o trovão e brisa.

Paz profunda a todos.
Luis Fabiano.

2 comentários:

Anônimo disse...

Lindo.

Anônimo disse...

Escreves sempre assim,hora tão agressivo e hora suave.Parabéns.