Dia de Finados, oba...
Finalmente este dia chegou, entre choros e alegrias vão todos aos cemitérios catar seus mortos, fragmentos de antepassados em putrefata matéria residual, não, não estamos no antigo Egito e seus canopos de ouro.
Tenho a certeza absoluta que muitos não hesitariam em abraçar a ossada magra de seus parentes, amigos, amados no entanto pouquíssimos lembram-se de uma oração que é alimento da alma, quando parte para a terra dos pés juntos,as almas gostam de rezas.
Evidentemente respeitando a crença de cada um, sou de uma abordagem universalista e sinceramente embora a propaganda tente tornar o cemitério um lugar aprazível de sua ultima morada, o bom mesmo é não estar lá, não é mesmo?Mas para lá também arrastamos o que esta meio morto em nós.
Mas no momento final, e isso é curioso ,todo o morto é absolvido de tudo de equivocado que fez, ganha asas instantâneas, passaporte para a direita da divindade,e os vivos que permanecem, lamentam, choram a “justa perda”, o que torna a cena bonita de se ver, no entanto, é um outro drama acontece invisivelmente entre velas e flores, na mente e coração de quem vivo permanece.
As pessoas se reúnem no féretro, para celebrarem o seu próprio cativeiro, as pessoas em verdade invejam o morto (tenha ele alma, espírito , éter, energia quântica ou vire poeira ...),o primeiro choro é por nós, nós que não veremos mais aquela pessoa, nós que não a abraçaremos mais, nós que não mais partilharemos de seus sorrisos e lagrimas, nós, nós, nós...
O ser humano é egoísta até na morte.(bela frase lapidar!!)
Quem amamos permanecerá mais vivos que nunca em nosso pensar e sentir, enquanto nosso coração bater eles estarão conosco, sempre, porem nós ficamos, não nego a saudade,não nego a falta, não é isso.
Mas tenho a impressão que se dependesse das pessoas nunca, ninguém jamais morreria em nenhum momento, minha cabeça deriva ironicamente é claro: fiquei imaginando uma sogra com digamos centro e trinta anos? Uma pessoa doente, ficando fraca como uma vela gasta e se arrastando pela eternidade afora?E a conta do hospital? Um Matuzalem que ficasse transtornando a família, a sociedade por mais de mil anos?
Isso sem falar do aspecto estético e físico, quem ficará linda(o) aos cento e cinqüenta anos? As mulheres fariam tantas plásticas que estariam com esta idade já de cavanhaque de tanto que esticaram!!
Um dia agente chega a este mundo e em um momento vamos embora é fatal, então tenho para mim, que possamos povoar de boas lembranças aos que ficam, que neste dia mais que lamentar fatais ocorridos que não voltam atrás, possamos sorrir abrindo as portas de nosso egoísmo e arrogância, de que conosco o falecido estaria melhor, não existem culpas ou culpados, existe uma lei natural que equilibra a natureza dentro de nosso patamar de evolução atual, e não poderia de forma alguma ser diferente.
O que ocorre no mundo é exatamente o que nós somos. Desculpe.
Enterrei meu pai com tranqüilidade, pois era o melhor depois do hospital, nunca mais voltei lá no cemitério, não por trauma ou medo, porque lá ele não esta mais intenso em meu pensar e sentir, que aqui onde estou com você, não entre flores de plástico e velas brancas, mas no altar de boas emoções e carinhosos sentimentos.
E esse é o pensamento final, dia celebrizar os mortos no meu parco entender, deveria ser o dia que os libertamos de nós mesmos, de nossas egoísticas emoções e os afaguemos com o melhor de nós, e talvez um dia destes quem sabe, não é mesmo, agente se esbarra por ai...nas curvas desta estrada.
Paz profunda a vivos e mortos.
Luis Fabiano.
Finalmente este dia chegou, entre choros e alegrias vão todos aos cemitérios catar seus mortos, fragmentos de antepassados em putrefata matéria residual, não, não estamos no antigo Egito e seus canopos de ouro.
Tenho a certeza absoluta que muitos não hesitariam em abraçar a ossada magra de seus parentes, amigos, amados no entanto pouquíssimos lembram-se de uma oração que é alimento da alma, quando parte para a terra dos pés juntos,as almas gostam de rezas.
Evidentemente respeitando a crença de cada um, sou de uma abordagem universalista e sinceramente embora a propaganda tente tornar o cemitério um lugar aprazível de sua ultima morada, o bom mesmo é não estar lá, não é mesmo?Mas para lá também arrastamos o que esta meio morto em nós.
Mas no momento final, e isso é curioso ,todo o morto é absolvido de tudo de equivocado que fez, ganha asas instantâneas, passaporte para a direita da divindade,e os vivos que permanecem, lamentam, choram a “justa perda”, o que torna a cena bonita de se ver, no entanto, é um outro drama acontece invisivelmente entre velas e flores, na mente e coração de quem vivo permanece.
As pessoas se reúnem no féretro, para celebrarem o seu próprio cativeiro, as pessoas em verdade invejam o morto (tenha ele alma, espírito , éter, energia quântica ou vire poeira ...),o primeiro choro é por nós, nós que não veremos mais aquela pessoa, nós que não a abraçaremos mais, nós que não mais partilharemos de seus sorrisos e lagrimas, nós, nós, nós...
O ser humano é egoísta até na morte.(bela frase lapidar!!)
Quem amamos permanecerá mais vivos que nunca em nosso pensar e sentir, enquanto nosso coração bater eles estarão conosco, sempre, porem nós ficamos, não nego a saudade,não nego a falta, não é isso.
Mas tenho a impressão que se dependesse das pessoas nunca, ninguém jamais morreria em nenhum momento, minha cabeça deriva ironicamente é claro: fiquei imaginando uma sogra com digamos centro e trinta anos? Uma pessoa doente, ficando fraca como uma vela gasta e se arrastando pela eternidade afora?E a conta do hospital? Um Matuzalem que ficasse transtornando a família, a sociedade por mais de mil anos?
Isso sem falar do aspecto estético e físico, quem ficará linda(o) aos cento e cinqüenta anos? As mulheres fariam tantas plásticas que estariam com esta idade já de cavanhaque de tanto que esticaram!!
Um dia agente chega a este mundo e em um momento vamos embora é fatal, então tenho para mim, que possamos povoar de boas lembranças aos que ficam, que neste dia mais que lamentar fatais ocorridos que não voltam atrás, possamos sorrir abrindo as portas de nosso egoísmo e arrogância, de que conosco o falecido estaria melhor, não existem culpas ou culpados, existe uma lei natural que equilibra a natureza dentro de nosso patamar de evolução atual, e não poderia de forma alguma ser diferente.
O que ocorre no mundo é exatamente o que nós somos. Desculpe.
Enterrei meu pai com tranqüilidade, pois era o melhor depois do hospital, nunca mais voltei lá no cemitério, não por trauma ou medo, porque lá ele não esta mais intenso em meu pensar e sentir, que aqui onde estou com você, não entre flores de plástico e velas brancas, mas no altar de boas emoções e carinhosos sentimentos.
E esse é o pensamento final, dia celebrizar os mortos no meu parco entender, deveria ser o dia que os libertamos de nós mesmos, de nossas egoísticas emoções e os afaguemos com o melhor de nós, e talvez um dia destes quem sabe, não é mesmo, agente se esbarra por ai...nas curvas desta estrada.
Paz profunda a vivos e mortos.
Luis Fabiano.
2 comentários:
Ótimo texto, verdadeiro.
Muito bom o texto, ficou na medida, entre a fé e a esperança.
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