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domingo, maio 04, 2008


Desconstruindo Vidas –

O fim das Ilusões..

...quisera aquele dia simplesmente poder viver, queria apenas mais um hausto, talvez uma oportunidade de dizer algo que jamais tivera dito antes, mas que implícito permaneceu em si, sim tomado pelo momento extremo, e infelizmente nos damos conta tarde demais quando compreendemos a fugacidade de todos os momentos que vivemos, sim eles são únicos e maravilhosos sejam da maneira que sejam, são e fazem parte das contas de um imenso colar que é nossa vida...puxa agora lembrava-se do tempo perdido, um tempo perdido por estar perdido, gostaria de fazer tudo diferente? Com toda certeza, mas agora não dava mais tempo...
Seria tão simples que se pudéssemos plasmar para a nossa vida objetiva os gritos e sussurros de nossa realidade subjetiva, a compreensão é algo caro para aqueles que cristalizaram suas almas em padrões estratificados... dolorosamente quase em uma fatalidade da existência chega um determinado instante que se faz preciso o romper de padrões, e literalmente se equivocado então proceder a uma desconstrução, talvez a tarefa mais árdua do ser humano, a morte mais dolorosa e dor mais crucial, seja isso um vestir de um novo entendimento em relação a vida e a si mesmo principalmente, como um reinventar-se para que a harmonia se faça presente.
Então, tudo que você sempre soube, sempre teve certeza, sempre considerou como a pleno e absoluto, quando menos se imagina descobre que não passou de mera ilusão, isso não é mera referencia circunstancial de fatos corriqueiros da existência é uma realidade intrínseca de tudo que existe e que de alguma forma requer interpretação consciente, para que possa existir de uma forma real, é preciso que renasça em si em uma tradução cada vez mais luarizada e sutil ou de forma mais grotesca e obscura, mas é imprescindível que altere-se, que seja de uma dinâmica estática.
Como conseqüência natural de tal monta surge a queda de nossas ilusões pessoais, que não passam de idealizações que são em muitos casos uma realidade paralela a “verdade”, diga se passagem o nosso erro mais crasso, idealizamos tudo e todas as coisas e de alguma forma tentamos moldar a realidade objetiva ao ideal, e ao nunca é absolutamente igual, porque a realidade possui elementos muito específicos e únicos que nunca são tão nítidos como a realidade mental, a realidade é naturalmente mais embaçada em relação ao pensamento.
Elementos da realidade ?
Aspecto mental, apreciação emocional e claro o preponderante,o tempo destas coisas em conjunto.Posso afirmar que a maioria das pessoas que passam pelo processo de desconstrução, em primeira instancia ficam péssimas, fazem quadros naturais depressão, sentem que estão perdendo as emoções, que os pensamentos estão em alguma desordem e tem uma forte impressão que irão sucumbir,sente que tudo esta morrendo a sua volta, ocorre também uma imensa dor no peito indicio claro de uma opressão procurando a saída.
Mas a tempestade passa, ela sempre passa, não existe felicidade eterna e nem temporal que nunca termine...então mais ou menos como um amanhecer da alma, embora parecendo uma nova ilusão você acorda respirando uma outra atmosfera, um silencio antes nunca sentindo, para onde você percorre o olhar, uma sensação de quietude, sim todas as tuas ilusões estão absolutamente mortas, cadáveres que descansam placidamente, e podemos caminhar entre eles impassivelmente em um misto de paz e auto elevação, depois de tanto sangrar eis ai os méritos, roubando permissivamente uma frase encerro...”tenho em mim que nesta escalada de nossos mistérios o que importa não é o premio da chegada, pois seu maior valor reside em nossos dedos sangrando da tentativa.”Dizeres de uma Borboleta.

Paz e luz em teu caminho.
Com meu profundo carinho.
Luís Fabiano.

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