Não sei onde foi que deu a merda
Mas
quando tudo vira de cabeça pra baixo
Nesta
fronteira
Criada
de bestialismo
e
amor cego
Deu
tudo muito errado
Arrependimentos
recolhidos no cu?
Esfarelamentos
das emoções falsas?
Então
faz aquela expressão vazia
Doentia
olhando para o nada
E
peida...
Peida
na frente de todos e a todos os momentos
E
quando peida diz: graças a deus!
Se
eu tinha dúvidas se deus fedia...
Creio
que foi esclarecido.
Então
ela entra no elevador e peida
E
agradecendo a deus
Pensei
em indianos meditantes
Em
incensos...
chegando
ao céu
Pensei:
que
este peido chegue ao céu
E
asfixie todos os anjos arrombados de voz fina
Olhei
para ela novamente e sentia asco profundo
Ausência
plena do que foi
Se
é que foi...
Jamais
tornará ser
Uma
alienígena beijando o asfalto de espinhos
Uma
falência de tudo
Em
doses homeopáticas
Lentas
como uma tortura
Assisto
de um palco maldito
Maldizendo
todo os dias
Desejando
que dona morte faça sua parte
Mas
nunca é assim quando você quer.
Nada
é assim
Nem
a porra do por sol
Ela
peida
Peida
e peida...
L.F
*Poesia
em homenagem a minha mãe.