O Rei das Bucetas – Fuder, gozar e dar
Qualquer semelhança com
algum nome de filme, foi casual. Foi porra nenhuma sou assim, um obstinado
fudedor da existência. Vivo a intensidade do que existe e o que a vida me da ou
tira, no seu tempo na sua realidade entre a merda e a vigília de um dia melhor.
Enfadado do meu dia, já havia
coçado os culhões um bom tempo, depois de tantas atividades que me envolvo. Servi
um com copo de whisk e tomei devagar como se o filho da puta de deus tivesse
mijado naquele copo. Já tomou o mijo de um anjo? Deveria anjos não tem em
buceta ou pau, então...
Jogado no sofá de cueca,
fico lembrando de Jussara, porra a nega Jussara. Tinha as maiores tetas deste planeta,
com uma personalidade explosiva, e não tinha nenhuma paciência comigo. Mas quem
tem? Sou exatamente isso que digo e escrevo, um ser que se deixa perder. Lembrando
da imensa buceta peluda dela, ela tem muito orgulho daquela mata cerrada, com lábios
rosados, e uma abertura gulosa. Ela empurrava minha cabeça entre as pernas dela,
o cheiro dos pelos ásperos, cheiro de mijada, buceta quente, um pouco de
sujeira e uma secreção branca que estava sempre escorrendo dela, ela diz ser
tesão. Ela enfiava a mão dentro da calcinha, com o dedo dentro da buceta e
trazia ate a sua boca e provava as vezes me da dava um pouco. Jussara é um espécime
raro, nega como a noite muito escura e feita de desejo de inicio a fim. Louca
como a vida, gosto assim, nunca quis as mulheres normais.
Meu pau duro, fiquei batendo
uma punheta leve, sou muito melado, como é bom deixar as memorias fluírem.
Fiquei com vontade de ver Jussara. Estava com preguiça e bêbado levemente.
Foda-se, coloquei uma bermuda, uma camiseta e uns tênis, rumei para o Navegantes.
Onde acharia essa louca?
É claro no bar do Rei das
Bucetas. Sim o bar existe. A noite está linda, a porra da lua que não tem nada
la, estava linda e iluminava meus caminhos, Navegantes as duas da manhã é o
paraíso fantástico dos medos e imaginações.
Estaciono frente ao Bar, o
se segue é o que sempre esta acontecendo la, um pagode de terceira categoria,
cachaça, bêbados e mulheres da localidade. Então eu pergunto poderia ser
melhor? Não tenho certeza que deus nem sabe da existência de local, que bom né.
O cheiro de esgoto, bar
lotado e transeuntes me olhando estranho, to acostumando. Meu olhar vaga o espaço
a procura de Jussara, agora eu estava pensando que eu queria com ela mesmo? Fuder?
Olhar? Beijar? Não sei, talvez apenas ve-la. O pagode segue forte, chego ao
balcão que é na verdade uma tabua corrida sobre madeira, peço a cachaça da
casa. Sim tem cachaça de barril muito boa. Eu já estava mais pra la que pra cá,
então estava a prestes a ligar o foda-se geral, o que me torna uma risco a mim
e aos outros.
Então sinto uma mão forte
sobre meu ombro esquerdo, viro pra trás, ela o Sr João, o Rei das Bucetas.
Minha alegria de encontra-lo novamente, me senti um filho prodigo do inferno.
Ele continuava o mesmo. Vestia branco impecável, sua bengala branca, a faca na cintura
e o sorriso pleno de dentes brancos. Porra que idade ele tem ?não sei, é amigo
a mais de 10 anos.
-Filho meu, que faz aqui
depois de tanto tempo? Tu desapareceu Fabiano.
-Sim é verdade, minha vida
louca sabes como é Pai, mas a gente saudade das nossas origens, da onde a gente
veio e claro da buceta da Jussara.
Rei da Bucetas gargalha a
plenos pulmões. As pessoas la o respeitam muito, mas não é o meu caso, ninguém
me respeita. Alguém oferece uma mesa para o Rei das Bucetas, e sentamos junto.
Ele me interroga:
-Filho não te cansa
demais, as moças precisam de carinhos, precisam de um homem bom não apenas na
cama, alguém que olhe para ela com os olhos o coração e o desejo.
Nisso as duas mulheres dele
se aproximam e ficam próxima e uma senta ao seu colo. Ele continua o mesmo, as
mulheres caem por ele, dizem que ele as satisfaz sempre e muito mesmo com mais
de 65 anos. Meu pai é foda.
Eu respondo:
-Eu tento, mas tenho
trabalhando demais, e a vida as vezes se complica um pouco, não tem o que
fazer...eu vivo.
-Sei como é filho, mas te
cuida, o amor é importante e fuder também.
-Sim pai, mas falando
nisso cadê a Ju?
Ele gargalha novamente
como se eu tivesse contato uma piada, alguém nos serve mais um copo de cachaça.
Me sinto tonto. E então ele responde:
-Jussara se casou
Fabiano... ela encontrou um cara ai, que a tratou com carinho, então um dia ela
veio a mim, pediu minha benção e disse que iria te esquecer porque tu é do
jeito que é, ela queria que tu fosse diferente.
Eu disse pra ela que nunca
ninguém te mudaria, tu é uma alma velha e um teimoso filho da puta. Ela riu e
disse: então vou esquecer ele Pai, vou casar com o Romeu.
E assim foi filho, ela ta
casada, mas uma coisa eu digo, ela te quer ainda... seu sei.
Fiquei olhando pra ele, eu
não a procuraria mais, talvez melhor assim, estes são os caminhos da vida.
Pensei que fuderia mas não.
Então o rei me aponta uma
negra que estava próximo ao balcão. Ela vem até nós e fica em pé me olhando,
ele diz apenas: filho um homem de verdade, sabe como tratar a qualquer mulher e
fazê-la gozar como nunca e este será o pote da felicidade de vocês.
Foi embora e eu fiquei ali
com a Monique, ela sorri pra mim.
L.F