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quinta-feira, agosto 12, 2010


Pó e ossos.

Ela senta-se a mesa
Com três longos trilhos de neve a sua frente
Estava animada demais
Uma criança com brinquedo novo
Eu na quinta cerveja
Meus movimentos lunares
Ela cheira a primeira
Os olhos brilham como diamantes de bosta.
Ela vai novamente
Penso: talvez depois da terceira ela queira me dar
Magra demais, ossos e peles
Cabelos desgrenhados e sujos, boca rasgada
Hálito do inferno
tetas ausentes e sugadas,
Pernas, tacos de sinuca, de um jogo que ainda não terminou.
Já vi cadáveres melhores que ela
Ela cheira a terceira, diz esta pronta
A cerveja no fim
Pensei em come-la,
temia morrer assassinado entre as pernas daquela ossada
Ela sorri feliz, feliz demais.
Era como nadar em um mar interminável de merda
Um precipício, uma cachoeira de cagalhões
Vou no banheiro,
ela vai atrás de mim
Tento mijar,
ela olha meu pau como um urologista.
Que coisinha diz...
Termino de mijar e ela me chupa
Isso parecia tudo.

Luís Fabiano.

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