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segunda-feira, outubro 05, 2009



Asas de borboleta,


garras de um tigre.

Impensada em guerra perdida,
vaga tu,batendo asas pedaço de mim,
Ao sabor dos ventos, hora do norte, hora sul
És inconstância e certeza, beleza e quietude.
Tua sutileza ofende, o que mergulhado em obtuso entender,não te quer borboleta.
Teus carinhos, não sentidos, frágeis passam,
e só as flores entendem teu querer.
Beijo das estações nos lábios da vida, perfume e ternura,
tua verdade se
Perde e se ganha...como cor e leveza.
És Borboleta.

Teu rugir assusta, agride e hora fere,
Espreita em silencio teu repasto amado, e no ardor de querer
Afagas tua crueldade em nome do amor,
e em meio a isso te confundem
Como o pêlo que camufla inocência,
e não deixa de ser poesia, tua verdade dolorosa verdade,
Garras afiadas,
Tua beleza, olhos da noite tua caça, tua presa,tua vida, teu amor.
És tigre.

Como poderá, o bater das asas leves e coloridas
acarinhar o rugir na floresta negra?
No tato de tuas poderosas garras, carinho que fere e rasga e chora.
Não voas e não feres.
Mas onde então encontram-se, garras e asas?
Ontem sonhei, e vi a ti tigre, e a ti borboleta
E foi no olhar que o encontro se tornou possível,
Na impalpável dobra das emoções refinadas, essência intocável.
Foi assim em meu sonho que amor dotou de asas um tigre,
E de garras afiadas uma borboleta
E ambos pairaram acima,para além das nuvens
.

Paz profunda a todos.
Luis Fabiano.

2 comentários:

Anônimo disse...

Lindo Fabiano, mas fica uma curiosidade quem é o tigre e quem é a borboleta, são reais?

abraço Ana.

Fabiano disse...

Nunca é nada ou ninguem, são espectros que balouçam solitarios na minha aparente "sanidade".As pessoas gostariam que fossem algo ou alguém, mas são apenas reflexos de um pensamento não compreendido aos que são abjetos.