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quinta-feira, setembro 03, 2009



Volver o olhar para trás

Quando em sombra ,do que nos parece um erro,
Sonhos de um acerto,
Minha alma partida estava,
meio vida e meio morte
Naquele dia nossos corações se separariam,
Por distancias que transcendiam estradas,
Mares e desertos, mais que pecado, e
Menos que eternidade, apenas amor sem fim.
Em sua casa vazia, era um espelho do vazio que jamais se
Preencheria, olhávamos aquela triste ausência sentida,
não haviam palavras,
nosso olhares se tocaram, e tudo que em nós
Falou por nossas lagrimas,
era a um tempo, um grito, um gemido mudo.
Parados naquela sala,
entendíamos o que ali se passava, e não havia
Consolo do destino,
não havia consolo possível, ela respira profundamente.
Ali estavam impressas a sua dor, que era minha, tão minha.
A abracei uma vez mais, a ultima vez, e caminhamos
Naquele estreito corredor vestíbulo da porta
a cada passo a frente,
a distancia se fazia, porque o coração faz assim?
Transporta-nos ao céu e depois dilacera nosso desejo?
Ela tentou sorrir,riso sem graça mais,
ainda era bela mesmo sem querer,
Paramos na porta, ela abre e eu saio, sem querer sair,
existem separações que vão alem do nosso querer,
era uma espécie de liberdade as avessas,
Eu não queria ser livre, me deixa ficar preso nas teias do teu amor, do teu carinho?
Deixa?
Não permitas que a dor nos consuma, tu vais embora mesmo?
Em sua face via a alma de asas quebradas, por uma dor sem fim.
Saí, e caminhei lentamente,
ao chegar naquela esquina porem,
Volvi meu olhar para trás, naquela porta ela ali estava,
Seu olhar mistura-se as lagrimas,
tentei sorrir, riso feito de lamento e perda,
Ergui minha mão, e acenei.
Eu nunca mais a vi.

Paz profunda a todos.
Luis Fabiano.

ps – Na vida todos os momentos são únicos, e portanto últimos, não perca tempo algum, viva o mais intensamente as suas emoções e sorria serenamente, pois isso é tudo que podemos fazer.

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